sábado, 17 de setembro de 2016

Lula: a maior decepção da política

O declínio moral e ético do ex-presidente Lula representa uma grande decepção para milhões de brasileiros. Inclusive para muitos que jamais simpatizaram com a figura populista do ex-sindicalista. Um cidadão que teve a oportunidade de entrar para a história como um grande estadista, mas que preferiu percorrer um caminho diverso e hoje se consolida como uma das maiores decepçtões da política mundial.

Mesmo sem ter sido o responsável pela modernização da economia e pela retomada do crescimento no final do século passado, Lula capitaneou um dos maiores processos de expansão da economia nacional na primeira década do século 21. No lugar de aproveitar o boom de crescimento e investir na infraestrutura do país, Lula preferiu despejar bilhões de dólares em projetos de seus amigos banqueiros e empreiteiros.

Lula encontrou uma janela de oportunidades extraordinária no cenário em que assumiu a presidência em 2003.  As milhares de empresas, entre montadoras, redes de varejo e indústrias de todos os setores, que haviam se instalado no Brasil após a estabilização da economia, estavam começando a contratar mão de obra em massa. O resultado da inserção do Brasil na economia de livre mercado mundial, a "herança maldita", segundo o próprio Lula, proporcionou ao país uma condição ímpar sob o ponto de vista estratégico.

Mas foi justamente esta "herança maldita" que permitiu a melhoria na vida de milhões de brasileiros, que conseguiram bons empregos e puderam, pela primeira vez na vida, financiar automóveis, imóveis e outros bens de consumo.

Lula não teve coragem de promover importantes reformas estruturais nas áreas sociais, trabalhistas, e fiscais. Não ousou o enfrentamento de problemas crônicos do país, como a violência, saneamento, saúde. Extremamente moderado, o ex-presidente desencantou setores de seu partido, setores sindicais e movimentos sociais, preferindo conciliar outros interesses e se associar aos grandes empresários, bancos e empreiteiros, que lograram ganhos extraordinários e imediatos durante sua gestão. O próprio Lula, apesar de ser um homem que teve origem na pobreza, não se envergonha ao assumir que os bancos e empresários jamais ganharam tanto dinheiro quanto durante seu governo.

Entre outros aspectos fundamentais de sua trajetória contraditória, Lula se associou de forma promíscua aos piores setores da política brasileira, adotando aliados como Paulo Maluf, José Sarney e Fernando Collor.

Embora tenha sido eleito com o apoio dos movimento sindicais, Lula não ousou promover uma reforma sindical. Ao contrário, sua sucessora tirou direitos consagrados dos trabalhadores, com corte de benefícios e até mesmo permitindo a redução dos salários. Lula também contou com o apoio incondicional dos movimentos sociais, mas o PT nunca levou a sério, por exemplo, a questão da reforma agrária. A violência contra as mulheres, negros, pobres e nordestinos quase triplicou durante os governos do PT de Lula e Dilma.

Segundo o sociólogo José de Souza Martins, professor aposentado da USP e docente da Cátedra Simón Bolivar da Universidade de Cambridge (Inglaterra), o ex-presidente Lula é personagem de "duas faces que, sozinho, absorveu todo o potencial de populismo que havia na sociedade brasileira"

A ganância de Lula pelo poder começa a ceifar milhões de empregos. Apenas em 2015, mais quase cem mil empresas empregadoras fecharam as portas. Martins alega que o legado social do PT na Presidência da República não resistiu ao primeiro sinal de crise econômica interna. "A classe média do PT caiu de patamar em horas", afirma ele.

O auge da fragmentação do mito "Lula" se dá em meio à uma destruidora sequência de escândalos do corrupção envolvendo a Petrobras, Medidas Provisórias suspeitas, investigações sobre recebimento de propina por parte de familiares, inquéritos sobre tráfico de influência e até mesmo de ocultação de patrimônio.

Após se tornar alvo de três inquéritos na justiça, Lula envergonha os brasileiros e ex-militantes. Seu legado se resume numa trajetória de enganação, corrupção e escândalos, além da catástrofe do governo Dilma. Esta sim, uma herança maldita do petismo.

Palhaços

Há uma música brasileira que é uma obra-prima e, portanto, eterna:Palhaço, do mestre de Carmo, Egberto Gismonti. 
Somente um gênio poderia compor uma obra tão profundamente melancólica para o que deveria ser o símbolo da alegria. 
Quase uma oração de angústia. O oposto do que seria um palhaço.

Estamos cansados de um país que é o contrário do que se procura imaginar que é. 
Não somos pacíficos. Somos inertes. Não somos democratas. Somos indiferentes. Não temos futuro. Permitimos que nos roubem até o passado.

Somos alegremente tristes. E falsos na alegria. Não rimos de nossos males por ironia. Rimos porque somos a piada. Não escolhemos líderes. 
Buscamos pais da pátria ou salvadores do país ─ como se existissem. Não somos cultos. Desvalorizamos a cultura. 
Não respeitamos pensadores, poetas, letristas, músicos, historiadores, professores, sociólogos, psicólogos, juristas ou cientistas. 
E devotamos uma quase adoração a quem venceu sem esforço.

Não somos homens. Somos machos. Não sabemos cuidar de crianças, com exceção das nossas. Não somos enganados. Engolimos mentiras. 
Não somos guerreiros. Somos índios fantasiados num eterno carnaval. 
Não somos capazes de demonstrar nossa indignação. Achamos que o Brasil sempre foi assim.

Não temos coragem. A prudência extrema é o outro nome da covardia. Não somos sequer uma nação. Somos um ajuntamento. 
E nem somos clowns, que são nobres no que fazem. Somos os Palhaços da música de Gismonti. Um povo cada dia mais triste. 
E que cobre com máscaras a fisionomia melancólica. Que finge que é povo. 
Somos uma imensa trupe de palhaços tristes no picadeiro gigantesco.

Horas Silenciosas

O despertar do dia claro,
traz vistas luminosas ao
bom observador da vida,
em floreios do sol que
incidem sobre as pessoas,
como um halo de inocência,
avivando as emoções,
alegrando os corações,
indo além das aparências,
revelando a alma pura,
sem indecência,
na calma manhã de um
dia cheio de misterios
a serem desvendados,
no decorrer das horas
silenciosas...
Até que escureça e a noite
nos envolva com seu manto secreto,
respondendo a nossa ansiedade,
com uma voz serena e sábia,
nos fazendo adormecer
nos braços da saudade! 

Leia-me

Leia-me no que eu não escrevo
mas no que se passa em meu peito
Em minha alma durante o sono

Leia-me entre as linhas do discurso
Ou quando a boca está fechada
E descreve o maior sorriso

Leia-me na minha ausência
Em meus silêncios provocantes
Não se atenha aos meus versos desnecessários
Sou mais do que minhas mãos rabiscam

Leia-me nas canções que não têm ouvido
Nos livros que você não leu
Nos sonhos ainda não sonhou

Leia-me ...
Descubra o que é ruim e bom em mim
Mas não me diga, eu não quero saber
Basta ler e manter para si mesmo.

Será que os Brasileiros não perceberam?

No pronunciamento desta quinta-feira, Lula repetiu diversas vezes uma frase que fingiu ter escutado durante a entrevista coletiva de procuradores do Ministério Público Federal, que o denunciaram como comandante máximo do esquema de corrupção desvendado pela Operação Lava Jato: “Não temos provas, mas temos convicção”.
Com palavras  quero lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido.
A frase inventada pelos farsantes confirma que Lula ainda acha que os brasileiros são um bando de idiotas
Nenhum dos procuradores federais disse o que o carrasco da verdade fingiu ter escutado
Como sempre, a falta de coragem e argumentos o aconselharam a escapulir de perguntas dos jornalistas que acompanharam a discurseira sublinhada por lágrimas sem convicção, pontapés na gramática, navalhadas no plural e surtos de megalomania  ─ num deles, anunciou que anda enxergando no espelho um Jesus Cristo melhorado. O fugitivo da imprensa livrou-se, por exemplo, de contar como conseguiu ouvir o que ninguém disse.
A frase que Lula e seus devotos espalharam pela internet é uma fraude produzida pela mistura de palavras pinçadas de três  momentos distintos da entrevista:
1. “Provas são pedaços da realidade que geram convicção sobre um determinado fato ou hipótese. Todas essas informações e essas provas analisadas como num quebra-cabeça permitem formar seguramente a figura de Lula no comando do esquema criminoso identificado na Lava Jato”. (Deltan Dallagnol)
2. “Precisamos dizer desde já que, em se tratando de lavagem de dinheiro, ou seja, em se tratando de uma tentativa de manter as aparências de licitude, não teremos aqui provas cabais de que Lula é o efetivo proprietário no papel do apartamento, pois o fato de ele não figurar como proprietário do triplex, da cobertura em Guarujá é uma forma de ocultação, de simulação da verdadeira propriedade”. (Roberson Pozzobon)
3. “Dentro das evidências que nós coletamos, a nossa convicção, com base em tudo que nós expusemos, é de que Lula continuou tendo proeminência nesse esquema, continuou sendo líder desse esquema, mesmo depois de ele ter saído do governo”. (Deltan Dallagnol)
Lula não vai demorar a entender que os brasileiros já não toleram ser tratados como um bando de idiotas. Se escapar da gaiola e arriscar-se a disputar as eleições presidenciais de 2018, o Mestre vai descobrir que o número de discípulos ficou menor que o ajuntamento de sacerdotes corruptos.