sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Solidao

Solidão.
A multidão em volta
E o pensamento à solta
Como alado corcel.
E as ideias dispersas, em tropel,
Como folhas ao vento
Pétalas do pensamento.
Solidão.
A angústia da cidade,
A impossível procura da unidade,
O clamor,
Do silêncio interior,
Mais pungente, estridente,
E os bárbaros ruídos,
Que ferem, dilaceram,
Os nervos e os sentidos.

O que é democracia

DECÁLOGO
Os 10 mandamentos da ideologia socialista
Escrito em 1913 pelo líder revolucionário russo Vladmir Lenin, o pai do comunismo (sistema governamental ateísta)
Qualquer semelhança com acontecimentos atuais, quase 100 anos de pois, não é mera coincidência

1- Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual.
2- Infiltre e depois controle todos os meios de comunicação.
3- Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais
4- Destrua a confiança do povo em seus líderes.
5- Fale sempre em democracia e em estado de direito, mas tão logo haja oportunidade, assuma o poder sem qualquer escrúpulo.
6- Colabore para o esbanjamento do dinheiro publico, coloque em descrédito a imagem do país, especialmente no exterior, e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação.
7- Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do país.
8- Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam
9- Colabore para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes.
10- Procure catalogar todos aqueles que tem armas de fogo, para que sejam confiscadas num momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência. (Referendo de 2005 – ainda bem que votamos NÃO)

O mais assustador de tudo isso é que a maioria das pessoas, principalmente as menos esclarecidas, veem toda essa imoralidade apenas sob o aspecto financeiro, não percebendo que o principal objetivo é um elaborado plano que visa destruir as nossas instituições.
Instituições como a família, o estado de direito, o bem público, a religião, etc... são os pilares que sustentam uma verdadeira  democracia.
Considerando que apenas 10% da população brasileira tem a intelectualidade  suficiente para entender essa realidade, nosso dever seria de levar esse conhecimento a mais pessoas. 
Você poderá achar que isso não tem absolutamente nada a ver com a nossa vida e a nossa família, mas pode acreditar que se não fizermos a nossa parte terá muito a ver com o futuro do nosso país, dos nossos filhos e dos nossos netos.

Pequeno resumo de "O Príncipe" de Maquiavel

Maquiavel foi o único velhaco sincero da História; viveu numa época em que as pessoas
falavam como anjos e agiam como ladrões. Foi contemporâneo do Rei Fernando da Espanha: do Papa Alexandre VI, que envenenava os inimigos e depois lhes abençoava as
almas; e do filho desse Papa, César Bórgia. Não era permitido aos Papas casarem-se, mas eles
freqüentemente se permitiam ter filhos. César Bórgia foi o digno filho de um digno pai. Matou seu irmão mais velho, seu cunhado, e inúmeras outras pessoas que se lhe atravessaram no caminho.
O Rei Fernando, o Papa Alexandre VI e César Bórgia não foram figuras isoladas. Foram, sim,
os legítimos representantes das idéias de seu tempo. Dirigindo a atenção do povo para as coisas do céu, eles a desviavam das coisas da terra. Não tinham nenhum interesse pela justiça nem pela piedade. Cuidavam apenas do poder e da riqueza. Fingiam acreditar na palavra de Deus, mas realmente apenas ouviam a voz da avidez e da cobiça. Consideravam a Bíblia como um manual de escravatura. Seus mandamentos não tinham nenhum valor para eles, que visavam apenas o pináculo da glória, a despeito de toda oposição. Supremacia e nada mais era a meta que almejavam e, para atingi-la, a única conduta que julgavam digna era a da brutalidade. Aliás, esse era o ideal dos ambiciosos europeus no tempo de Maquiavel. Todos sabiam que eles precisavam do mais realista dos códigos de ética — um manual que lhes ensinasse como lograr, roubar e matar o próximo a fim de atingirem seus objetivos; um livro, em suma, que fosse um verdadeiro tratado de ladroeiras e velhacarias.
Maquiavel fez o que se pedia. Pintou os homens como eles eram naquela época e não como
fingiam ser. Realista como era, demonstrou ser a Europa nada mais do que um formigueiro de
selvagens. E então, com uma franqueza brutal, explicou aos interessados, na única linguagem que podiam entender, o que precisavam fazer para prosseguir na sua selvageria.
Deu a um mundo que fingia se ofender com isso, mas que na realidade se regozijava, um novo decálogo de brutalidade. Maquiavel foi um bárbaro, como o resto dos seus contemporâneos; mas, ao contrário do resto, não foi hipócrita.
As idéias de Maquiavel estão claramente expressas na obra O Príncipe. Esse livro é o manual
da opressão. Maquiavel era um ardente admirador de César Bórgia, e em O Príncipe usa esse tirano como um modelo de grandeza. Aconselhou o novo príncipe de Florença, Lourenço de Médicis, e todos os outros governantes a empregar os métodos de Bórgia se quisessem apoderar-se do governo de um novo Estado e reter sua soberania sobre ele. Maquiavel não se interessava de nenhum modo pelo bem-estar dos súditos; sua preocupação consistia apenas na grandeza do príncipe. O livro constitui o melhor comentário sobre o estado de moralidade na Europa durante os séculos XV e XVI, embora não tivesse sido escrito com tal intenção.
A fim de traçar um quadro exato de O Príncipe, experimento condensar suas doutrinas num credo maquiavélico de dez mandamentos:
1º — Zelai apenas pelos vossos próprios interesses.
2º — Não honreis a mais ninguém além de vós mesmo.
3º — Fazei o mal, mas fingi fazer o bem.
4º — Cobiçai e procurai obter tudo que puderdes.
5º — Sede miserável.
6º — Sede brutal.
7º — Lograi o próximo toda vez que puderdes.
8º — Matai os vossos inimigos e, se for necessário, os vossos amigos.
9º — Usai a força, em vez da bondade, ao tratardes com o próximo.
10º — Pensai exclusivamente na guerra.

Examinarei agora cada um desses mandamentos:

1º — Zelai apenas pelos vossos próprios interesses
— Maquiavel era moralmente cego. Não conseguiu ver o mundo como uma unidade. A humanidade, para ele, não era uma cadeia de irmãos no sofrimento, mas uma horda dispersa de brutos e simplórios. Acreditava que era dever dos brutos usar os simplórios para a consecução de seus fins. E o melhor caminho para usá-los, pensava, consistia em oprimi-los. “Porque, de acordo com as leis da floresta, se não oprimirdes os outros, os outros oprimir-vos-ão. A força é direito; portanto, o forte precisa sempre defender sua força e fazer leis para sua própria proteção contra os fracos. O dever do fraco é servir ao forte, e o dever do forte
é servir a si mesmo.”
2º — Não honreis a mais ninguém além de vós mesmo. — “Aquele que é a causa da grandeza
de outro”, escreveu Maquiavel, “é tolo.” “Pugnai pelos interesses de outro apenas quando puderdes fazer bom uso deles. Mas no momento em que esse outro ameaçar tornar-se popular, matai-o. Para o homem ambicioso é um imperativo não possuir rivais.” Uma nação bem-sucedida, na opinião de Maquiavel, necessita apenas de um chefe. Todos os outros homens devem ser escravos. Um príncipe pode receber, mas não conceder benefícios.
3º — Fazei o mal, mas finji fazer o bem. — Maquiavel acreditava sinceramente no valor da
insinceridade. Sua franqueza aconselhava aos estadistas nunca serem francos. Ser bom, disse ele, é prejudicial; mas aparentar ser bom é útil. “Aquele que propõe a si mesmo ser um perfeito modelo de bondade entre todos os outros homens será o único que se arruinará.” A fim de preservar seu poder — e seus roubos — é muitas vezes necessário a um príncipe, disse Maquiavel, agir contra a justiça, a caridade, a humanidade e a boa-fé. Seus súditos, porém, não devem suspeitar disso. Devem, pelo contrário, ingenuamente pensar que ele é nobre, compassivo, piedoso e justo. Em outras palavras, um hábil condutor de homens deverá fazer seus súditos acreditarem que ele os está protegendo no mesmo momento em que os está oprimindo; deverá demonstrar piedade nas suas palavras quando, só existir o mal no seu coração.
4º — Cobiçai e procurai obter tudo o que puderdes. — Um príncipe, de acordo com o código
brutal de Maquiavel, não deverá considerar nada mais do que os seus próprios desejos; não deverá, assim, ter a mínima consideração para com os direitos dos outros. “Roubai tudo o que puderdes e fazei silenciar os que se queixarem; aparentai sempre ser um príncipe liberal. Não ide muito longe, porém, em vossa avareza, não porque seja isso um erro, mas porque é perigoso possuir demais. É melhor roubar os estrangeiros, que são fracos para tomar uma vingança, do que aumentar os impostos de vossos concidadãos, que podem voltar sua cólera contra vós. Em outras palavras, roubai os fracos e acautelai-vos do forte; por esse caminho vos tornareis grandes homens.”
5º — Sede miserável. — Maquiavel prossegue no seu bárbaro código de ética, aconselhando
seu príncipe a resguardar o próprio dinheiro e a gastar apenas o dos outros. Não é sábio para um príncipe ser muito generoso para com seus súditos. Se o for, a princípio granjeará grande reputação, mas depois, quando seus fundos se esgotarem, ver-se-á obrigado a aumentar os impostos do povo. Isso naturalmente o desgostará e assim um príncipe sempre acabará por se arruinar se quiser ser liberal com o dinheiro obtido em seu próprio país. Com o dinheiro roubado na guerra, no entanto, deverá ser generoso o máximo possível, pois desse modo seus súditos não somente o louvarão, como se prontificarão prazerosamente a lutar e morrer por ele.
6º — Sede brutal. — Um príncipe, cuja missão é escravizar todo mundo, não pode nunca ser
suave. Maquiavel salienta o fato de ter César Bórgia sobrepujado todos os seus contemporâneos em glória apenas porque o fizera também em crueldade. (Esqueceu-se, porém, de observar que a glória de César Bórgia acabou por ofuscar-se devido a essa mesma crueldade.) Outro homem cuja “piedosa crueldade” Maquiavel admirou enormemente, foi o Rei Fernando da Espanha. Somente um bruto, escreve Maquiavel, pode ser um grande rei. Os amantes da justiça, os inimigos da crueldade, os imperadores humanos e bondosos têm sempre um triste fim. A bondade nunca é compensadora. Um príncipe, para conservar a obediência de seus súditos e o respeito de seus soldados, terá de sufocar em si o homem e desenvolver a besta.
7º — Lograi o próximo toda vez que puderdes. — Maquiavel insiste muitas vezes em que
para esmagar seus competidores, um homem precisa deliberadamente convertê-los em brutos. Recomenda ao príncipe cultivar a ferocidade do leão e a astúcia da raposa. “O que melhor praticou as manhas da raposa foi o que obteve sempre o maior sucesso.” A força é maior do que a justiça e a mentira mais poderosa do que a verdade. É fácil para um governante quebrar sua promessa.
“Nenhum príncipe necessita arranjar razões para encobrir uma quebra de palavra, pois quase todos os outros homens são estúpidos.” Mundus vult decipi — o mundo está sempre pronto a ser tosquiado. Maquiavel, é preciso frisar, foi o pai da moderna diplomacia e da moderna maneira de negociar em nossos dias, um homem de negócios simpatiza mais com os mandamentos de Maquiavel do que com as leis de Jesus.
Continuarei, porém, com a análise de O Príncipe.
8º — Matai os vossos inimigos e, se for necessário, os vossos amigos. — A época em que
viveu Maquiavel era quase desprovida de humanidade. Entre os principais esportes do século XVI contavam-se a caça aos animais e a queima dos hereges. Um dos imperadores do tempo, desejando estudar o processo digestivo do alimento no corpo humano, fez com que fossem dissecados na sua presença dois homens vivos, exatamente como um estudante de Medicina disseca um casal de rãs. Séculos de guerra quase contínua haviam endurecido os sentimentos e menosprezado a vida dos homens. O assassínio era apenas um incidente e a traição ao amigo coisa aceita como regra no mundo daqueles dias. Os leitores de Maquiavel estavam assim perfeitamente aptos a seguir seus conselhos.
9º — Usai a força, em vez da bondade, ao tratardes com o próximo. — Maquiavel explana
aqui a regra de que é melhor ser temido do que amado. “Quando tiverdes um príncipe rival fora de vossos domínios, fazei uma investida contra ele e destruí inteiramente as raízes de sua família; mas fazei assim, porque, se não o fizerdes, os remanescentes dela algum dia se vingarão do mal que vos ficaram devendo. Um homem ambicioso não pode ser cruel apenas em parte; sê-lo-á de um modo completo ou terá de renunciar à sua ambição. Além disso precisa de um método, embora não haja medida para a sua crueldade. Quando tiverdes de vos apoderar de um Estado, ou de roubar um homem, deveis empregar toda a violência de uma só vez, para que o ofendido dela depressa se esqueça; por outro lado, se fordes obrigados a conceder benefícios, concedei-os pouco a pouco, a fim de que eles sejam sempre lembrados. Um tirano deve manter-se pela força e não pela boa vontade de seus súditos.”
E, assim, eis-me chegada ao último, mais destacado, mais selvagem e mais importante dos
mandamentos de Maquiavel.
10º — Pensai exclusivamente na guerra. — A guerra é a principal preocupação do superbruto
maquiavélico. “Um príncipe”, escreve Maquiavel, “deverá dedicar-se exclusivamente à arte de matar, pois a guerra é a única arte a que se deve dedicar um governante.” Um príncipe nunca deve permitir que sua atenção se distraia dos objetivos militares. Em tempo de paz deverá sempre preparar-se para a guerra. Suas palestras, seus estudos, seus jogos, suas leituras, suas mais sérias meditações deverão centralizar-se na única questão de saber como conquistar partidários.
No estado maquiavélico todos os caminhos conduzem à guerra. E se naquele tempo a guerra
era tão importante, devemos isso ao fato de que todos os países eram governados — ou desgovernados — por discípulos de Maquiavel. Suas éticas eram sobretudo as do militarista e do político. Em nossas relações de indivíduo a indivíduo, é certo que realizamos algum progresso na busca de um código decente de ética. Mas nas nossas relações de nação para nação não saímos até agora do egoísmo imperialista, das mentiras diplomáticas e da exploração selvagem; nas nossas relações internacionais não apenas seguimos como admiramos a brutalidade de Maquiavel. Seus discípulos são sempre encontrados entre os principais filósofos, historiadores e estadistas. Lorde Bacon, uma das mais penetrantes mentalidades, aconselha, em todas as controvérsias diplomáticas, a fórmula maquiavélica de “muita hipocrisia e pouca honestidade.” Thomas Cromwell, o ministro de Henrique VIII, da Inglaterra, considerou O Príncipe a “quintessência da sabedoria política”. Macaulay, que foi talvez o maior historiador do século XVI, encontrou nas obras de Maquiavel “muita elevação de sentimento”.
Em 1914, a ética de Maquiavel, pregada e praticada pelos principais estadistas do mundo,
transformou-se na mais vergonhosa carnificina da História. Hoje, as suas doutrinas selvagens são ainda as regras aceitas e praticadas pelos ditadores, pelos guerreiros, pelos imperialistas, pelos políticos e por todos os demais inescrupulosos opressores da raça humana.



Racismo

Se cor de pele for motivo de qualquer benesse, sinto-me duplamente marginalizada. Estudei a vida toda em escola pública. Tive um tataravô negro e tenho a pele branca. Meus filhos também são brancos. Trabalho para pagar a escola deles, que nem por isso garante a eles uma educação de qualidade.
Pensando bem, para que uma educação de qualidade, se nossas universidades estão fora das listas das melhores?
Para não estender mais o assunto, quero focar nos livros de Monteiro Lobato.
Gostaria de pedir as autoridades competentes, pelo amor das crianças, da educação e da alma brasileiras, por favor, não comecem a mexer com autores brasileiros, especialmente os infantis, sob a desculpa malévola de menções racistas. Não combina com o povo brasileiro, um povo onde as etnias e culturas ainda convivem em paz, apesar dos problemas desta conflituosa e complicada Pátria.
Quanto aos livros de Monteiro Lobato, minha imaginação infantil deliciou-se com duas literaturas: os contos de fada dos irmãos Grimm e Andersen e o maravilhoso Sítio do pica-pau amarelo, de Monteiro Lobato.
Emília era o que toda criança queria ser, irreverente e engraçada. Pedrinho e Narizinho eram meus amigos imaginários, dona Benta se parecia com minha avo, tio Barnabe como meu tataravô negro e tia Anastácia era a encarnação da bondade e da proteção que toda criança precisa.
Se olharmos como racistas as descrições feitas em obras literárias, deveríamos também excluir muitas obras de literatura mundial.
Comecemos com Aristoteles, considerado implicar da filosofia ocidental, diz em sua poética: " O caráter da mulher e inferior, e o dos escravos, geralmente insignificante."
Shakespeare, em O Mercador de Veneza, descreve Shylock como um judeu mesquinho.
E agora falando de educação, meu ponto de vista sobre o sistema de cotas sociais.
Se tivéssemos uma educação de qualidade, os alunos de escola pública teriam iguais condições de concorrer a uma vaga universitária.
Injustiça social e no meu ponto de vista, não investir em educação para todos os cidadãos, sejam eles pobres ou ricos, amarelos, brancos ou negros.

Curiosidade

A curiosidade, instinto de complexidade infinita, leva por um lado a escutar através das portas e por outro a descobrir a América; mas estes dois impulsos, tão diferentes em dignidade e resultados,  brotam ambos de um fundo intrinsecamente precioso, a atividade do espírito.
Curiosidade e  enfim o pavio na vela da aprendizagem

Escrever é esquecer

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. 
Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso

Ás vezes

Ás vezes o romântico torna-se indecente.
o sexo desfaz-se no suor.
Ás vezes o amor leva-nos a sítios melhores.
A felicidade causa-se, a tristeza acontece.
Ás vezes o sonhador acorda.
A dor segue-o para onde for,
as estradas são voltas, com principio e fim.
Ás vezes o silêncio faz barulho,
os olhos falam verdades genuínas.
que a boca não profere
Ás vezes o céu está escuro, 
mesmo quando o Sol brilha.
Ás vezes não imagino o amanhã,
porque estou preso ao hoje.
Ás vezes quero voar, mas não tenho asas,
queria pintar , mas não tenho cores,
queria gritar mas não tenho voz.
Ás vezes os poemas não se entendem,
as palavras tornam-se indiferentes,
perdemo-nos dentro de nós mesmos, e não sabemos voltar.

Indiferença

A indiferença do desejo,a dor que prevejo.O amor que desvanece no ar e floresce  nas saudades.A distância sufocante de uma mente apaixonada.Pensamentos tristes duma felicidade imaginada.Os sonhos que se apagam com a água das lágrimas

Lágrimas de Sangue

Lágrimas de sangue caem do meu coração partido
Eu nunca pensei que iria se separar

Quando você me segurou você disse "para sempre"
Agora que você se foi Eu sei que você quis dizer "nunca"

Dizendo que você me ama com aquele olhar no seu olho
E isso era uma mentira de coração frio

Seu toque suave, um beijo suave
Duas coisas sobre você eu vou perder

Quando eu sento aqui pensando em você
Meu rosto está molhado de lágrimas vencidas

Eu deveria ter chorado muito tempo atrás
Mas eu te amei tanto

Eu sei que eles dizem que o amor é cego
Mas eu só tinha você em minha mente

A mágoa tão profunda que corta como uma faca
Mas as feridas cicatrizam e eu vou continuar com a minha vida

Dor de amar



Ouço os gemidos do amor silencioso,
Voz que cessou  no último olhar.
Tão leve me deixou, sem nada  ficar.
De coração fechado e rosto sombrio, a expressão dos olhos tornou-se dolorosa.
Tão perdida e sem ar, com vontade de chorar.
Dói tanto amar.
Olhos que secam, palavras que foram.
Horas que passam, sentimentos que choram.
Já não ouço o coração, adormeceu de tanto pesar.




O medo da inteligencia

O medo da inteligência

    Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas.

    O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: “Meu jovem, você cometeu um grande erro.
    Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável! Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco.
  Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta".
    Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava numa car-reira difícil.
Isso, na Inglaterra. Imaginem aqui, no Brasil!...
     Não é demais lembrar a famosa trova de António Aleixo, poeta português:: “Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensan-do que a burrice é uma Ciência”.
    A maior parte das pessoas encasteladas em po-sições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência.
    Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições.
Sabem ocupar os espa-ços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder.
    Mas é preciso considerar que esses medíocres la-dinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salva-guardar suas posições conquistadas, com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar.
Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpug-náveis às legiões dos lúcidos.
  É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social.
    Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência, por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras, à simples aparição de um talento-so jovem que os possa ameaçar.
    Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas...
    Enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender
É um paradoxo angustiante!
    Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.
    Como é sábio o velho conselho de Nelson Ro-drigues: "Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra".
  O problema é que os inteligentes costumam brilhar! Que Deus os proteja, então, dos medíocres!...




             

Dizer o que sinto

Para dizer o que sinto preciso me buscar... Encontrar onde me perdi... O porque do vazio. Porque, quando a paz e a plenitude me abraçam ainda assim, sinto tua falta e de todas as emoções doloridas carregadas de paixão, a mesma que lhe causa tanto medo e que te faz fugir...Não sei. Falta talvez de tua sabedoria silenciosa...De querer arrancar-te do silencio que o maltrata ou talvez porque te enxergo melhor do que possa ser...Mas preciso compreender feito peregrina , o ardor do caminho.Este incomodo ,esta ausência , esta falta... a rejeição!E reconstruir-me...Diminuíram-se os prantos, mas ainda assim, ainda distante, te sinto em mim... Doce e imortal fonte de consolo e amor que despertou na mulher-menina gestos tímidos de caricia e amor. Te peço ,não te esqueças de mim e jamais de tudo o que senti, os poemas a ti dedicados, e que te lembres o quanto me cativou um dia...Sempre que puderes, dê noticias! Contento-me com um sorriso ,um olhar, até mesmo o sopro de um beijo teu