domingo, 26 de outubro de 2014

Vida

Neste tormento inútil, este compromisso 
Para fazer em silêncio o que canta em mim, 
Gritos em mim  que sobem para a garganta rouca 
Em um grito de loucura que me contenho. 

OH alma, charneca sacrossanta, 
Irmã dourada da alma que eu tenho, 
Diga para onde ir, de onde eu venho 
Nesta dor que me excita e germinar em mim! 

Visões de mundos novos, de infinitos 
Cadências de soluços e gritos, 
Queima da fogueira que me consome! 
Diga o que é essa mão que me arrasta? 
Mancha de sangue que pulsa e se espalha ... 
Diga do que é isso, que eu tenho sede e fome

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